quarta-feira, 20 de junho de 2012

Amambaí- MS



Integração entre índio e branco
Amambaí – MS uma cidade com uma peculiaridade diferente das outras em que estivemos durante quatro anos de projeto, cidade com pouco mais de mil habitantes, e cercada por tribos indígenas. 
Chegamos à cidade e procuramos pelas  Sra. Jaqueline Raimundo diretora da FUNDESC (Fundação de Desporto e Cultura) e Sra. Zita Centenaro (Secretaria de Educação)
Foram escolhidas duas escolas.
A escola da manhã era muito longe, tivemos que nos deslocar mais cedo do hotel para chegar no horário combinado, e não deixá-los esperando pois, os alunos ficam bem ansiosos. Quando chegamos na escola achamos estar em uma aldeia indígena haviam muitos filhos de índios estudando naquele período, um fato que chamou a atenção do Claudio Bellini que rapidamente perguntou a Diretora da escola Professor Arlete o porque tanto filho de índio em uma escola na cidade, já que existem escolas nas reservas indígenas. A resposta foi a mais inesperada disse ela ao produtor “Claudio os pais destas crianças indígenas matriculam seus filhos nas escolas de “branco”, para que eles conheçam a nossa cultura, pois eles acham que o ensino é melhor quando na verdade estão deixando de aprender coisas que somente eles sabem uma pena”. De qualquer forma foi uma experiência única para nós, já que na hora do intervalo a coisa mais normal era os ouvir conversando na língua da tribo, estes índios são da etnia Emboê Caioá traduzido para o Português.
A menina Beatriz
Como já havíamos trabalhado na escola Municipal Flavio Derzi, já esperávamos o mesmo público na parte da tarde na Escola Municipal Pinto da Silva sobre a direção da professora Maura, uma pessoa muito centrada e que nos recebeu de braços abertos, bom como foi dito anteriormente não ficaríamos surpresos de encontrar alguns indiozinhos na escola, porém a Sra. Zita Centenaro nos surpreendeu novamente mandou um ofício para a Escola Municipal Indígena Emboê Caioá, na qual o diretor da escola indígena levou seus alunos mais velhos para assistir os filmes e escutar o que tínhamos para ensinar, confesso que esta foi uma das horas em que nos emocionamos muito, ainda mais depois de conversar com uma das alunas que veio da tribo o nome dela traduzido para o português é Beatriz que significa alegria. A menina Beatriz tem um sonho como de todo o adolescente, e o sonho desta pequena indiazinha que mau fala nossa língua é se tornar uma cineasta de sucesso, sabendo disso o diretor de sua escola a presenteou com uma filmadora portátil a qual ela está resgatando histórias de seus antepassados, quando perguntado por que a pequena diz com dificuldade de se expressar “Estou tentando não deixar minhas raízes secarem, já que todo o povo da minha tribo quer que nós aprendemos a viver como “branco”, e esquecem que somos nós quem são os verdadeiros brasileiros, nós somos filhos da terra, não podemos deixar de lado a nossa história”. Na oportunidade perguntei como eles tratam o lixo nas aldeias ela me disse que “ainda colocamo fogo, porque os caminhões muitas vezes não chegam à aldeia por ficarem no meio do mato, isso queria que fosse diferente, pois sabemos o mau que traz não só para o ar, mas também para todos os animais que moram na floresta”.

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